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Como utilizar o Design Thinking para solucionar problemas sociais com os estudantes

Especialista dá dicas de como este modelo de pensamento pode ajudar a elaborar respostas para desafios da comunidade.

O Design Thinking é amplamente utilizado na indústria, especialmente no setor de inovação tecnológica e por empresas que buscam atender às diversas necessidades de seus clientes. Inspirado na forma como designers pensam, ele valoriza a experimentação de novos pontos de vista e a testagem de produtos ou serviços com foco na experiência do usuário. Na educação, essa metodologia auxilia facilitadores e estudantes a aprenderem e liderarem ações de formas inovadoras. Isso está alinhado ao processo de educação STEM e pode ser uma ferramenta vantajosa para resolver problemas reais.

Em entrevista à plataforma Samsung Solve for Tomorrow Latam, Andrea Ferreira, coordenadora de concursos de inovação da KOGA, dá dicas sobre como aproveitar o Design Thinking na Aprendizagem Baseada em Projetos.

“A metodologia do Design Thinking tem a vantagem de ser aplicável a diferentes tipos de projetos, o que nos permite usá-la independentemente do tema ou objetivo que queremos alcançar”, explica. A KOGA é uma parceira técnica do programa no Paraguai, Argentina e Uruguai.

Andrea destaca que um dos desafios é fazer com que os estudantes integrem essa metodologia em seus processos de aprendizado e desenvolvimento de projetos, “apesar de ser uma ferramenta útil, desde a escola até a criação de produtos ou serviços empresariais”, acrescenta. No Solve for Tomorrow, o Design Thinking faz parte de todas as etapas da trilha de projetos, incentivando os jovens a pensar nos problemas com uma perspectiva de design, levando em conta uma abordagem criativa para desenvolver um protótipo que, ao mesmo tempo, possa fazer sentido para o usuário final, seja prático e viável. A primeira etapa é a empatia, na qual aprendemos sobre os valores e as necessidades das pessoas. Em seguida, vem a definição, para entender melhor os desafios, e a ideação, que se concentra no desenvolvimento de soluções criativas. Na fase do protótipo, as ideias se tornam tangíveis e, por fim, o teste é o estágio de trazer as ideias para o mundo. Saiba mais sobre o Design Thinking aqui.

A professora de ciências Yuly Rivera, mediadora do projeto “Trapiche que dá luz”, acrescentou essa metodologia à sua dinâmica escolar habitual, fornecendo recursos didáticos e experimentais para apoiar os estudantes. A equipe foi a vencedora de 2022 do Solve for Tomorrow no Peru e conseguiu gerar eletricidade a partir de usinas de cana-de-açúcar. “Os processos de ideação e prototipagem foram fundamentais para que eles pudessem ver sua ideia concretizada”, comemora.

Quais são os benefícios do Design Thinking em projetos educacionais?

De acordo com Andrea Ferreira, a metodologia é iterativa, ou seja, permite avançar e também voltar para melhorar o produto/serviço final que se deseja entregar. “Fazer e testar quantas vezes forem necessárias até estarmos satisfeitos com o resultado”, destaca. Além disso, ajuda a focar no que realmente importa: a persona, ou seja, o cliente. “É essencial conhecer os interesses e necessidades do público que queremos ajudar”, reforça.

Por isso, é importante aprofundar-se na problemática, já que não se pode resolver algo sem entender como ou por que acontece. “Um conselho: nesta etapa de conhecer o problema, dedique tempo. É um processo crucial para chegar a uma boa solução”, afirma a especialista. “Para criar empatia com os estudantes, é essencial falar sobre problemáticas atuais, abrir a conversa e perguntar: ‘O que lhe incomoda ou desagrada na sociedade?’”, completa.

Como estratégia inicial para o projeto, o educador argentino Agustín Pascua apresentou a trilha de projetos do programa para sua turma de 20 alunos, convidando-os a organizarem-se em grupos de acordo com suas competências e habilidades. Em seguida, ele dedicou duas aulas para trabalhar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), ajudando-os a listar possíveis desafios sociais nos quais gostariam de trabalhar. A partir de rodadas de brainstorm, surgiram diversos problemas que impactavam a escola e a comunidade. “Entre eles, identificamos que o gramado em torno da escola, que é enorme e bonito, estava marrom. Marrons de bitucas de cigarro, jogadas e espalhadas por todos os cantos”, narra o professor, que mediou o projeto “Collisafe”, vencedor do Solve for Tomorrow Argentina, Paraguai e Uruguai em 2022.

Quer saber mais sobre a metodologia?

No Banco de Materiais da plataforma Solve for Tomorrow Latam, você pode encontrar conteúdos dedicados a explicar mais sobre Design Thinking. Assista, abaixo, um painel gratuito sobre o tema, disponibilizado pelo programa no Brasil:

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