Pobreza, insegurança alimentar, desastres ambientais e climáticos, violências e violações de direitos humanos, iniquidades de acesso a bens e direitos fundamentais são, infelizmente, realidades presentes em maior ou menor grau na vida contemporânea global. Pensar um outro futuro, mais justo e equânime para todas e todos propondo a resolução de problemas reais exige criatividade, empenho e conhecimentos inter e transdisciplinares.
Justamente por serem complexos e multifatoriais, os problemas reais exigem não apenas respostas complexas, mas o compromisso de todos em suas resoluções. Quando compreendidos no conjunto de práticas pedagógicas, a resolução de problemas reais convoca educadores e estudantes a essa responsabilidade compartilhada de recriar o presente e transformar o futuro, ao mesmo tempo em que tangibiliza o conhecimento produzido e sistematizado pela humanidade. Ou seja, abordar as questões que de fato afetam os estudantes, professores e suas comunidades convoca a escola a sua responsabilidade social de formar sujeitos capazes de agir criticamente e com liberdade intelectual.
Resolução de problemas: foco com Design Thinking e Aprendizagem Baseada em Projetos
Na chamada Sociedade do Conhecimento, é preciso não apenas acessar, mas compreender de fato a informação produzida, aplicando-a a favor de uma agenda sustentável para o planeta.
Inicialmente proposta no campo da educação médica e rapidamente apropriada por outros campos do conhecimento e etapas educacionais, a resolução de problemas tem como foco mobilizar os estudantes a compreenderem e responderem a cenários complexos, lançando mão de diferentes estratégias de pesquisa e sistematização da informação. Nesse bojo de ferramentas incluem-se as práticas de Design Thinking e a própria abordagem de Aprendizagem Baseada em Projetos (PBL).